terça-feira, março 14, 2006


Era uma cidade. sem nome. era minha. ou talvez tua. e no corpo traçado das ruas eram as mesmas veias que como um arrepio se alumiavam de um calor nocturno. como naquele Verão. naquele Verão de uma criança deslumbrada pelo cheiro da fruta ao entardecer. de uma criança aberta como uma mão. deslumbrada. pelo cheiro fechado e tremendo das ruas quando amadurecidas as lojas fecham nuas pela noite dentro. talvez chorasse, a criança. a tal: como uma mão. aqui. Era uma cidade sem nome numa melancolia que pensava. imaginava aquela criança ainda arrebatada pela morte. Onde estás? Para onde foste? Lá fora todas as lojas eram o teu cabelo solto pelas ruas e por dentro desta cidade tudo se fechava sem ninguém. e nada. nada respondia pelas dores de Bastian.