terça-feira, maio 16, 2006


Ou são as estrelas num quarto em flor, meu amor. poderiam estar unidas pela luz dos seus centros. engolfadas para diante como uma torrente intensa nos poros da pele. as estrelas. tão brancas como o teu corpo em mar redondo e branco por dentro do escuro dos meus olhos. pois quando pela tarde dentro, rolam os cometas ríspidos dos soluços do sono e do cansaço, o mar chega-se para diante. toca-me. e sobre os lençóis tu és os gestos de um bosque completo como uma rosa aberta pela minha memória dentro aterrada e tornada só pelo mistério em volta. deslumbra-se. digo. todos os dias, todos os dias nervo a nervo, do extremo da minha cabeça ao outro extremo. se deslumbram as imagens. onde o teu brilho se levanta. erguido desde o abismo ao mar.