Ninguém. Venho almoçar a casa e tiro uma única fotografia. Ninguém. Debaixo do cimento das coisas cai em mim o peso dos dias. Interna ao silêncio, desolada, a penumbra mistura-se com a luz e eu sou o fundo de um quarto, de uma sala ou de uma casa. Vigiados na treva que cintila, os meus dias perdem o fulgor das fontes, dobram-se em rugas de ternura e adormecem no que me rodeia. Ninguém. Ninguém me rodeia nas coisas que me habitam e os meus dias crescem sós.
quinta-feira, setembro 29, 2005
Ninguém. Venho almoçar a casa e tiro uma única fotografia. Ninguém. Debaixo do cimento das coisas cai em mim o peso dos dias. Interna ao silêncio, desolada, a penumbra mistura-se com a luz e eu sou o fundo de um quarto, de uma sala ou de uma casa. Vigiados na treva que cintila, os meus dias perdem o fulgor das fontes, dobram-se em rugas de ternura e adormecem no que me rodeia. Ninguém. Ninguém me rodeia nas coisas que me habitam e os meus dias crescem sós.
<< Home