sexta-feira, outubro 21, 2005


Dentro da ira, no meu coração, lá fora a cidade desfaz-se pelas margens dos meus sonhos. Facilmente, bloco a bloco, tudo levam as águas enquanto me cai, brusco, o soalho. Até onde se vê, na verdade, sei bem que enquanto me perco pelo chão coroado de uma multidão tão imensa, por entre a chuva que teima em cair, eu continuo a ser as paredes lentas da minha casa, o coração folha ferida deitado nas mesa das minhas mãos, a alma caracol refugiada enquanto me adormeço só a uma distância suave de todas as ruas.