Quando fora de ti a cidade continua a cantar o tráfego, eu digo isto pelas minhas veias dentro. eu digo isto, comovido. quando se encontram profundamente as tuas mãos e as minhas eu sou o que morre contigo de te amar ao dizer-te. amor. digo para dentro do corpo. pela tarde, pelas mãos que entardecem enormes. e dizê-lo é sempre tarde, dentro da saliva, dentro de ser meramente humano dentro da angústia; e quando digo, quando digo isto sou um nome que sangra enorme enquanto se levanta como a lua menstruada. quando se levanta enorme. e agora canta, esta noite, para dentro das veias que ardem num nevoeiro tão frágil e cansado. que te atravessa fabulosa. eu digo. o amor para dentro das veias no teu cabelo. transparente numa carne protegida da salsugem do mar. no amor. morrer contigo. eu digo, comovido. amar-te. quando fora de ti a cidade canta as luzes e os pátios cantam as crianças. eu digo. aéreo e duro. a palavra. que é, amar-te.
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Quando fora de ti a cidade continua a cantar o tráfego, eu digo isto pelas minhas veias dentro. eu digo isto, comovido. quando se encontram profundamente as tuas mãos e as minhas eu sou o que morre contigo de te amar ao dizer-te. amor. digo para dentro do corpo. pela tarde, pelas mãos que entardecem enormes. e dizê-lo é sempre tarde, dentro da saliva, dentro de ser meramente humano dentro da angústia; e quando digo, quando digo isto sou um nome que sangra enorme enquanto se levanta como a lua menstruada. quando se levanta enorme. e agora canta, esta noite, para dentro das veias que ardem num nevoeiro tão frágil e cansado. que te atravessa fabulosa. eu digo. o amor para dentro das veias no teu cabelo. transparente numa carne protegida da salsugem do mar. no amor. morrer contigo. eu digo, comovido. amar-te. quando fora de ti a cidade canta as luzes e os pátios cantam as crianças. eu digo. aéreo e duro. a palavra. que é, amar-te.
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