quinta-feira, fevereiro 09, 2006


Memória, memória. dizia Bastian cegamente abraçado ao verão alto e magnífico de todas aquelas imagens impassíveis. e por entre as suas pálpebras esmaecia o ar. O ar que eram os dedos que tocavam a água lavada desta fantasia e cada palavra aquela criança engolia como se fossem lágrimas para dentro. como uma flor que chorava Bastian era uma música humana, feita de veias e dores. e vazios. e lugares parados e extasiados numa espécie de alegria.lembrava a luz, penso. Eu acho que Bastian se lembraria daquela luz, não? de uma luz trémula que dançava nos dedos grandes nos lugares tremendamente nocturnos.