quinta-feira, julho 07, 2005


E depois reparei que o silêncio solar das minhas tardes mágicas trazia nos braços o canto de uma felicidade mais vasta e completa. Uma luz maior que o teu interior; e sim, desta vez a minha vida não se escreve sozinha contigo e a noite não é como o peso de uma pedra. Nenhum sonho me anoitece, meu amor, e todos os dias são uma viagem ao teu sorriso onde eu ainda durmo circunscrito pela minha pele. Nenhum barco me veio buscar ou salvou, nenhuma pétala perfumada me chegou às mãos na corrente demasiado forte da vida. Os meus dias esquecem-se, e eu sou os olhos fechados na aragem estendida do horizonte tornado aquela água que convida todos os raios de sol.