quarta-feira, outubro 05, 2005


Agora longe, o principezinho tinha deixado para trás as luvas e com elas talvez a alma. Tudo isto ele não sabia. Perdia-se talvez, pensava o céu quando o menino abria o rosto branco para o ar em ondas. De coração rasteiro numa silenciosa afonia de gritos, por atalhos já certamente percorridos também por Ulisses, o principezinho branco murmurava animal dentro de uma espécie de luz encaracolada e nua para dentro de si mesma. Ali crescia o esquecimento e no seu interior lavravam as vozes fustigadas pelos dias.