sexta-feira, julho 15, 2005


Ninguém nas ruas feridas me mistura pelo tempo. O mais breve sopro floresce imcompleto e mal iluminado pela mutação secreta dos teus cabelos, meu amor. O tempo, o tempo, e ao entardecer o meu peito oscila nas sombras de amanhã. Nada me é essencial. Nenhum motivo de circunstância me move pela terra florida e alheia a toda a luz: no trabalho das vagas, infímas e lúcidas, as máquinas, os edíficios que por dentro me habitam, desmoronam-se nas sombras azuis dos dias de amanhã. Ardo, e todos os dias no tempo a minha memória dispersa-se vagarosamente p'las ruas de fechadas corolas.